Colchão de Segurança - onde guardar? Tem que ser poupança?

Olá colegas da blogosfera.

Este é um tema que há muito me intriga... Por que alguns colegas insistem em dizer de forma enfática que colchão de segurança tem que ser na poupança.

Bem, primeiro que o conceito de colchão de segurança é algo muito relativo. Seria aquele dinheiro de imediatíssima liquidez e numa quantidade que suprisse algo inesperado. Assim, alguns advogam o que se consome em três meses, outros em um semestre. Eu, particularmente, prefiro achar que depende muito dos supérfluos que a pessoa tem no gasto do dia a dia, que poderiam ser cortados numa emergencia, e então possibilitaria que um colchao de 2 meses seria suficiente. Já naqueles que vivem no fio da navalha, 6 meses seria mais pertinente.

No mercado, quanto maior a segurança e ou a liquidez, menor a rentabilidade. Isso é claro e todos sabemos. Assim, vamos combinar que existem talvez não mais que quatro modalidades de colchão de segurança (quem achar que há outras opções por favor defenda seu ponto de vista) :

1) Poupança;
2) CDB com liquidez diária;
3) Tesouro Direto;
4) Colchão de sua cama.

Antes de discorrer sobre eles de forma bem breve e cada um se posicionar, vamos combinar que ninguém anda com 50K na carteira para pagar as emergências. Existe há algum tempo no mundo um negócio chamado cheque, outro chamado cartão de crédito e outro ainda "cheque especial". Tá certo que este último, devido aos enormes juros cobrados é loucura se usar, mas numa emergencia...

Bem, poupança é colocado na cabeça de todos os brasileiros como o investimento seguro. Fato que vem perdendo da inflação e a segurança advém do FGC.

Mesma garantia com que conta o CDB de liquidez diária. Este último, aliás, pode-se conseguir taxas interessantes sobre o CDI em bancos de boa expressão, rende mais, mesmo descontando-se o IR quando comparado à poupança, batendo também a inflação. Eu mesmo consegui meu colchão de segurança pagando 101% do CDI em um banco top, e é assim que manejo meu colchão.

TD : Nesta modalidade, como conceito de segurança onde o dinheiro pode ser necessitado sem aviso prévio, creio que só se enquadre a LFT (tesouro selic). Também paga imposto, mas também vence a poupança mesmo com este e outros descontos. Antes de liquidez mais limitada, agora de liquidez diária.

Colchão lá de casa : o mais imediato em liquidez, mas de rentabilidade nula, corroída pela inflação e de risco de ser roubado por qualquer ladrão pé de chinelo. Mesma analogia para o dinheiro parado na conta corrente (menos o do ladrão pé de chinelo).

Assim, frente ao exposto, quero muito entender porque "Colchão de Segurança tem que ser poupança"???

Afinal não somos investidores e queremos nosso dinheiro rendendo? Mesmo o do colchão???

Abraços!!