terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Primeiros passos para quem começa a investir

Pessoal :

Recebi uma encomenda de um parente querendo que eu ou o ensinasse algo sobre investimentos ou indicassem onde ele deveria colocar o dinheiro.

Vejam que roubada!

Falei com ele que faria um resumo, que em hipótese alguma visaria esgotar o assunto, sobre algumas opções de investimento e que isto sem os estudos do mesmo, estabelecimento de conceitos próprios, etc de nada valeria.

Assim ousei colocar aqui alguns conceitos à disposição da blogosfera para discussões e críticas!

Acho que isto evoca a boas discussões, já que não há uma fórmula mágica.

Aproveito para salientar que em nenhum momento o que segue é uma recomendação. Reitero que o que aqui está exposto é uma opinião pessoal, sem nenhum embasamento, sem nenhuma recomendação e que serve apenas para fomentar discussões!

Assim, seguem os meus conceitos, para vossa análise e crítica construtiva.

1º Conceito de “Colchão de Segurança” : Deve-se ter em mente que nossas vidas são imprevisíveis, e algo inesperado ou trágico pode ocorrer e que exige dinheiro de fácil disponibilidade (ou seja, dinheiro com liquidez). Assim, recomenda-se que antes de alocar todo o dinheiro nos investimentos você defina um colchão de segurança, ou seja, uma quantia de dinheiro que possua imediata liquidez para pronto uso. Os conceitos variam bastante, mas eu adoto basicamente um valor próximo às despesas que tenho mensalmente multiplicado por 4. Assim este dinheiro pode ficar em poupança ou em um CDB, por exemplo.

2ª coisa a se pensar : qual seu perfil de investidor? Já tem idade avançada? Pensa em usar o dinheiro nos próximos 2 anos ou ele pode render (“trabalhar para você”) por um tempo mais longo?

Aliás, o que vem a ser curto ou longo prazo? Não há conceitos fixos, mas o que eu adoto como conceito é o seguinte :
Dinheiro para uso nos próximos 6 meses : curtíssimo prazo
Dinheiro para uso entre 6 meses e 3 anos : curto prazo
Dinheiro entre 3 anos e 8 anos : médio prazo
Dinheiro que pode ficar investido por mais de 8 anos : longo prazo

Aqui então já temos alguns pontos interessantes. Se você pode ou vai precisar do dinheiro no curtíssimo ou no curto prazo escolha investimentos de renda fixa. A renda variável pode não lhe ser favorável. Além disso, se for no curtíssimo prazo, coloque em algo que tenha grande liquidez (ou seja, que seja prontamente mobilizável, passível de ser retirado do banco e usado com rapidez). Talvez neste quesito a poupança seja o melhor meio, já que é de altíssima liquidez e sem IR.

Nos casos onde seu dinheiro pode ficar por longo tempo, a renda variável (desde que com boas escolhas, seguimento adequado e compras em momentos favoráveis de preço x valor) tende a ser muito mais rentável. 

Aqui as reaplicações dos rendimentos, juros e dividendos fazem o milagre dos juros compostos multiplicarem seu dinheiro.

Portanto, quanto mais cedo começar, maior a chance de chegar aos 50 anos com ótima renda aplicada, permitindo a independência financeira. Se nós não tivemos uma educação financeira nesse sentido, e começamos um pouco mais tarde, cabe então a nós pensar em fazer isso aos nossos filhos, ou seja, dar-lhes educação financeira e iniciar suas carteiras de ações, FIIs e Renda Fixa ainda na infância ou adolescência.

O que é renda fixa e renda variável?

Ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser dimensionado no momento da aplicação, podendo variar positivamente ou negativamente, de acordo com as expectativas do mercado.

São exemplos :
- Ações
- Fundos de Investimento Imobiliário – FIIs

Renda Fixa é um termo que se refere a todo tipo de investimento que possui uma remuneração paga em intervalos pré-definidos e em condições pré-definidas.
A palavra renda fixa não significa que a rentabilidade não varie. Estas oscilações ocorrem em função das variações da cotação do título no mercado financeiro e do indexador, no caso de títulos com rentabilidade pós-fixadas.
São exemplos de RF :

- Caderneta de Poupança
- Certificado de Depósito Bancário – CDB
- Letra de Crédito Imobiliário – LCI
- Letra de Crédito do Agronegócio – LCA
- Títulos Públicos
- Debêntures
- Fundos Bancários DI


Começando pela renda variável :


1) Ações.

Para fácil entendimento, em que se baseia a aplicação em ações? Bem, quando você compra uma ação você se torna sócio da empresa. Mas isso nos faz ganhar dinheiro? Sim, veja bem como isso é possível. Caso as aplicações de renda fixa fossem superiores aos ganhos corporativos não haveria sentido alguém abrir uma empresa, certo? Pois então, ao abrir um pequeno negócio, você imagina que os ganhos serão maiores que os ganhos que teria na renda fixa. Isso é a base, e é óbvio. MAS lembre-se, quantos pequenos aventureiros abrem negócios e fecham em menos de 1 ano. Muitíssimos! Da mesma forma, antes de aplicar seu dinheiro na empresa e se tornar sócio é preciso estuda-la e ver se a mesma traz uma relação risco x benefício favorável.

O investimento em ações  pode ter duas modalidades bem distintas entre si :
a        
      a) Buy and Hold (comprar e manter) – seria aquela estratégia recomendada para a totalidade das pessoas que inicia nas ações. Baseia-se em perder (ou melhor “investir”) muito tempo antes estudando as empresas nas quais se pensa investir. Isto é fundamental, vá sem pressa alguma, pois esta etapa se não for bem cumprida é que diferenciará os perdedores dos ganhadores.  Aqui a idéia é sempre o longo prazo. O que se espera nessa estratégia é ganhar dinheiro com os dividendos pagos de tempos em tempos + valorização da cota no longo prazo (nas empresas boas).
Para esta tática são usadas as chamadas análises fundamentalistas, que valem a pena ser conhecidas, estudadas. Uma boa sugestão é ver este conceito com os vídeos no youtube divulgados pelo Bastter. Embora eu discorde com alguns argumentos do Bastter, reconheço que seus vídeos trazem bons conceitos de análise fundamentalista a quem está iniciando.


b) Trade – estratégia que não deve ser adotada em hipótese alguma por quem inicia na bolsa de valores, e que é às vezes encarada de forma errônea como simples : comprar na baixa, vender na alta e aproveitar o lucro obtido. A aparente simplicidade “engole” a maioria das pessoas que passa a comprar na alta e vender na baixa. Um conselho : a primeira coisa a se pensar antes de investir é “não sei nada, se pensei nisso certamente os verdadeiros tubarões da bolsa já pensaram antes, e se fosse assim tão simples a maioria ganharia, mas sei que a maioria na verdade perde na bolsa. E perdem exatamente pelo pensamento equivocado e tão proclamado na mídia : comprar barato, esperar valorizar e então vender fazendo o lucro”

O investimento é feito através de uma conta corretora com uso de uma plataforma amiga para a negociação, o tão famoso Home-Broker (HB). Nesta plataforma você encontrará as ações que são negociadas na bolsa de valores sob códigos, por exemplo, o Banco do Brasil é negociado sob código BBAS3, o Itaú-Unibanco sob o código ITUB4, a CCR sob o código CCRO3, a Vale sob os códigos VALE3 e VALE5.



2) Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) :

Estas aplicações são também aplicações de renda variável que guardam algumas semelhanças com o aluguel de um imóvel próprio, porém com certas vantagens. Imagine que você resolve aplicar na compra de um imóvel, que é um segundo imóvel e não sua casa própria. Ou seja, você resolveu aplicar o dinheiro em um imóvel, buscando/esperando que o mesmo se valorize com o tempo e obtendo ganhos atuais com o aluguel. Pois bem, nesta aplicação você precisaria :
a)      De um grande capital a ser investido na aquisição de um imóvel;
b)      Conseguir barganhar o preço a fim de obter um imóvel interessante a um preço, no mínimo justo;
c)       Correr atrás de conseguir alugar o imóvel;
d)      Arcar com os custos de condomínio durante o período de vacância (isto é enquanto não conseguir alugar o imóvel);
e)      Ter sorte para não ter problemas de inadimplência;
f)       Pagar imposto de renda sobre o lucro obtido com o aluguel.
Como se não bastasse, mesmo quando se loca bem o imóvel, raramente se obtem o Yield mensal superior a 0,5% neste tipo de investimento.

EM CONTRAPARTIDA IMAGINE :
a)      Precisar apenas pouco dinheiro para investir em imóvel, e podendo-se aplicar paulatinamente, de pouco a pouco, por mês;
b)      Aproveitar os períodos de baixa nos investimentos de renda variável para conseguir interessantes aquisições de imóveis;
c)       Conhecer o imóvel e quem o aluga, com qual contrato e por quanto tempo ANTES de você adquirir o imóvel;
d)      Ter um investimento que na verdade é um conjunto de imóveis e não apenas um único imóvel, implicando que caso haja uma vacância, esta estará diluída entre muitos outros alugueis pagos e trará pouco impacto à sua renda mensal;
e)      Poder conhecer a empresa que está locando o imóvel, eventuais processos existentes de revisionais, bem como o histórico da mesma ANTES de comprar o imóvel, o que poderia minimizar os riscos de inadimplência;
f)       Não pagar imposto de renda pelo aluguel recebido.
Parece interessante, não é verdade? E, em momento de baixa como este agora, é fácil conseguir um investimento com essas características com Yield mensal de pelo menos 0,75%.

Conceito importante : diversificação!

Com tantas opções como começar a investir? Vou dar alguns exemplos do que seria viável, embora não seja uma recomendação e muito menos uma regra, apenas um exemplo que vejo possível, baseada em uma simples opinião pessoal de uma pessoa não profissional do mercado financeiro, e que possui inúmeras outras variáveis não levadas em conta e que portanto pode funcionar para mim, mas que pode não funcionar para qualquer outra pessoa. Creio que exemplos abrem a mente e permitem que possamos decidir nossas melhores escolhas posteriormente.

Exemplo 1 : Jovem, com idade inferior a 20 anos (ou nossos filhos, ainda crianças)
* colchão de segurança (não se aplica para as crianças, nossas dependentes) no valor de 4 meses das despesas mensais;
* Restante assim dividido :
*** 60% do dinheiro em boas ações, estudadas com cuidado e acompanhadas, com reaplicação dos juros, dividendos de forma a ter o benefício dos juros compostos. A meu ver uma carteira com 8 a 10 ações de boa qualidade é uma forma de balancear bem os riscos e permitir ainda o acompanhamento das empresas (de preferencia eu teria pelo menos um banco bom, uma empresa do setor de infraestrutura e uma elétrica entre essas ações);
*** 20% do dinheiro em FIIs – e aqui procure balancear também os setores : escritório, logística, shopping, hospital, fundos de papel, agencias bancárias, universidades, etc. A escolha do FII é uma discussão a parte, e é muito complexa! Eu mesmo tenho apanhado bastante!!!
*** 20% em RF. Como provavelmente seu colchão de segurança está em poupança ou CDB, pense em escolher para este ítem um título público que esteja pagando bem, ou uma LCI que pague elevada taxa do CDI.

Exemplo 2 : Individuo entre 20 e 30 anos:
* colchão de segurança no valor de 4 meses das despesas mensais;
* Restante assim dividido :
*** 40% do dinheiro em boas ações, estudadas com cuidado e acompanhadas, com reaplicação dos juros, dividendos. (tendo de preferencia um banco, uma elétrica e uma empresa de infraestrutura, entre as 8 ou 10 ações escolhidas);
*** 30% do dinheiro em FIIs ;
*** 30% em RF.

Exemplo 3 : Indivíduo entre 30 e 40 anos :
* colchão de segurança no valor de 4 meses das despesas mensais;
* Restante assim dividido :
*** 40% do dinheiro em boas ações;
*** 20% do dinheiro em FIIs ;
*** 40% em RF.

Exemplo 4 : Indivíduos acima de 40 anos :
* colchão de segurança no valor de 4 meses das despesas mensais;
* Restante assim dividido :
*** 30% do dinheiro em ações que paguem dividendos;
*** 30% do dinheiro em FIIs – bom yield mensal dos aluguéis.
*** 40% em RF.

Exemplos de ações a se estudar, para ver se encaixam no seu perfil :
Bancos : BBAS3 (Banco do Brasil); ITUB4 (Itaú-Unibanco); BRDC4 (Bradesco).
Elétricas : TBLE3 (Tractebel); TAEE11 (Taesa); CMIG3 (CEMIG).
Infraestrutura : CCRO3 (CCR); ARTR3 (Arteris); ECOR3 (EcoRodovias).
Outras : VALE5, GRND3, CIEL3, EZTC3, AMBEV, SABESP



Bem, é isso pessoal! Comentários, concordando, discordando, debatendo, etc serão bem vindos!

30 comentários:

  1. Fala Guardião. Gostei dos conceitos que vc estabeleceu. Concordei com uns 90% do texto e tenho mais elogios que críticas a fazer. Gostaria apenas de acrescentar uma coisa. Já que falou de ações a se pensar para compor uma carteira, por que não falar também de FIIs? Assim, pensei em exemplos de FIIs que talvez estejam num momento interessante para compra : NSLU11B (FII de hospital) ; SDIL11 (FII de logistica) ; BRCR11 (FII de lajes corporativas) ; RBRD11 (FII comercial).

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    1. Sim, você tem razão. Faltaram os FIIs, e a seleção que você fez foi realmente muito boa na relação qualidade x preço atual x yield x perspectivas futuras.

      Como já mencionei em outros momentos estou vendo oportunidades de compras mas ao mesmo tempo muito receoso com o momento economico do Brasil.

      2013 foi um desastre, 2014 é ano de eleições e o governo que está sem saber o que fazer vai elevar e manter alta a SELIC para tentar conter a inflação, o que por sua vez torna a renda variável menos atrativa.

      2015 será o ano de arrumar esse monte de bobagens que está sendo feita, então vai ser outro ano dos infernos. E o pior, se não fizerem em 2015 há a chance de detonarem a estabilização economica que com muito custo o Brasil alcançou.

      Será o efeito Orloff (eu sou vc amanhã) do Brasil olhando para a Argentina... Ou, se preferir, a nossa “argentinalização”. Ambos afundando nas mãos de suas presidentas. Um caos!

      Por isso, pode ser que a bolsa demore muito, mas muito tempo para se recuperar. Oito anos? Dez anos? Sabe-se lá!

      Decidi que a partir de fevereiro vou diminuir (mas não abolir para não perder o que pode ser uma janela de entrada em boas ofertas) meus investimentos. Destino uma parte menor hoje do dinheiro a isto, e vou passar inclusive a preferir as ações, deixando menos frequente as compras em FIIs. Mas uma boa parcela irá para renda fixa, particularmente LCI, as quais consigo com taxas superiores a 97% do CDI (o que é ótimo neste momento de elevação da SELIC, e lembrando a isenção do imposto de renda). A pedra do LCI é a ausência de liquidez, então é dinheiro para esquecer que existe pelo prazo acordado com o banco.

      Obrigado pelo comentário, um abraço!

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    1. Sim e há muitos no mercado mas o pessoal quer algo impossível : um resumo e uma fórmula mágica

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    2. magic formula do greenblat, rlz

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  3. Fala Guardião!

    Alguns comentários a fazer:

    1)Sobre os FII's, incide taxa de administração? Não consigo aceitar a ideia de ter um gestor administrando de forma ruim o meu dinheiro, e pior, cobrando por isso. Existe como investir diretamente como ações?

    2)Sobre a alocação dos recursos, acho que quem é jovem, na faixa dos 20 anos, tem que colocar no mínimo 80% dos seus investimentos em ações. Eu mesmo tenho quase 100% do meu capital, que ainda é pequeno, tudo bem, na Renda Variável. Renda fixa agora pra que? Quando eu tiver lá pelos 50 anos, aí sim eu posso PENSAR em inverter, colocando a maior parte em RF e deixando um percentual pequeno, no máximo 20% em RV. Mas isso é a minha opinião. Luiz Barsi Filho tem 75 anos e a maior parte do seu capital está no mercado acionário, veja se ele vendeu as ações...

    E digo mais, como nossa presidANTA é uma completa ignorante, a hora de se tornar sócio de boas empresas é agora, pois a Bolsa tá andando de lado. Ou vamos deixar para entrar nela quando a mesma tiver lá pelos 70~80k de novo?

    Abração!

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    1. Valeu Inv. Livre.

      1) FII é um fundo que adquiriu um imovel e que está vendendo as cotas para que vc possa ser agora dono e esteja desfrutando da locação. Sendo assim há uma cabeça que administra, não tem jeito!

      2) A questão da locação é muito individual. Não há regra, há sim perfil de cada um com relação ao grau de aversão ao risco.

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  4. Eu mandava ler um livrinho básico de finanças e pronto. Nem falava nada de ações. Depois ele faz alguma besteira e ainda vai te culpar.

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    1. eu fiz isso e até comprei um para ele, mas como disse num comentário acima quem nada sabe questiona a quem pouco sabe qual a formula magica.

      Já me eximi de qualquer culpa, sendo bem claro a ele e a todas as pessoas a ele relacionadas!

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  5. Prof. Guardiao, é isso ai! Nobre ajuda, mas manda o cara estudar. Bagual.

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  6. Valeu Bagual. A intenção foi na verdade de aproveitar este texto feito para fins particulares e trazer aos colegas da blogosfera a fim de discutirmos conceitos básicos que não existem pre-estabelecidos!
    Abraço,
    GdM

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  7. E aí, comprou algum FII esta semana? Povo tá vendendo igual doido, tive que comprar mais umas cotas de CEOC, não dá para resistir a 1.07 ao mês,rs. Comprei RNGO e também. Alguma dica de tijolo sem RMG?

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    1. Sei que ainda está em RMG, mas estou adquirindo SDIL

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    2. Uorrem, FFCI abaixo de 1,56 e VLOL11 a 65 eu acho que tá legal, to muito por fora?

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    3. Cara VLOL estou até o pescoço, posso mais não. rs, mas quem não entrou pode ser uma aposta, apenas aposta porque o fundo não ata nem desata os alugueis
      FFCI não acompanho.

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    1. Sim guardiao, compeii mais um pouco. O que vc está comprando? Abraco. Bagual.

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    2. Bagual, comprei SDIL e estou estudando AEFI

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    3. Já tinha sdil e comprei mais na semana passada. Valeu, boa escolha. Abraco. Bagual

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  9. Oi Guardiao. Acompanho seu blog há um tempo e estou iniciando um novo projeto. Você poderia adicionar o meu link na sua lista de blogs? (www.itradesys.com.br)

    Obrigado.

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  10. Gestão Dilma

    Lamentavelmente o país está em grande sofrimento na gestão Dilma.
    Não se trata de discussão da linha política equivocada ou da forma demagoga de governar, mas trata-se de uma política econômica errada, de pífio crescimento do PIB, inflação mascarada e mesmo assim controlada apenas às custas da elevação da SELIC. Agravam o quadro e o perpetuam o gargalo de nossa defasada infraestrutura, a burocracia sem fim.
    Não temos presente e perdemos o bonde do crescimento que foi melhor aproveitado pelos emergentes. Vivenciamos um ambiente na América Latina que apenas o Chile parece ter corretamente se afastado. Nosso país “Orloff” (eu sou você amanhã) – a Argentina – vive um período tenebroso com sua péssima presidenta que controla preços, disfarça os números inflacionários e ameaça a imprensa. (pelo visto estamos já meio caminho andado rumo a “argentinalização”)
    Ok, pensemos no nosso futuro então : escolas públicas de péssima qualidade e não melhoradas, faculdades com cursos nivelados por baixo para absorver os cotistas que claramente possuem um nível cultural muito aquém dos não cotistas. Além de não melhorarmos a educação básica, nós anarquizamos a educação pública superior.
    A classe baixa vive na ilusão, recebe uma série de pequenas esmolas, e entra em dívidas sem fim. Em troca vende seu voto obrigatório para o governo, já que este insiste em dizer que a oposição irá acabar com as esmolas eleitoreiras travestidas de projetos sociais.
    A classe média está cada vez mais sufocada pela alta carga tributária, necessária para bancar a falta de responsabilidade fiscal do governo que só aumenta os gastos. E agora mais que nunca necessária para bancar o país, que perde a cada instante mais e mais investidores.
    Para que um investidor colocará o dinheiro no país, se este não cumpre acordos (vide contratos do pré-sal), se este em momentos puramente demagógicos arrebenta os lucros das empresas de energia elétrica, trucida a fantástica estatal Petrobrás em prol de mascarar a inflação mantendo preços irreais da gasolina, bagunça os bancos públicos em prol de mais demagogia, etc. No que ele poderia investir? Que tal em um setor fundamental como infraestrutura, necessária e quase inexistente? Não, o governo controlaria suas tarifas ou pedágios.
    Assim tivemos hoje mais um triste capítulo desse filme que é real, mas que o governo quer que pensemos que seja apenas um complô. A Pimco (Pacific Investment Management Company) resolveu pular do barco que está a deriva. Ela reduziu e muito seus investimentos neste país continental. Os investidores estão realmente perdendo a confiança na presidenta. “A desconfiança emana das más políticas econômicas da atual administração”, disse Peter Lannigan, diretor de gestão do CRT Capital Group. “Taxas tão altas nesse tipo de ambiente de crescimento – é um cenário macro desafiador”.
    Não sou partidário de A ou B corrente política, até porque não acredito que nosso sistema político tenha correntes distintas e bem definidas. Sem querer parecer piegas sou partidário do país. E infelizmente vejo um futuro tenebroso nos próximos 2 anos. O estrago já está feito. É bom que a atual gestão, que deve continuar nas próximas eleições, pare de viver no mundo do faz de contas e perceba o buraco que estão nos enfiando. Não quero que venhamos a virar uma Argentina ou uma Venezuela ou uma Cuba.

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  11. Está muito bom Guardião, parabéns!!
    Ecólogo Investidor

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